Iniciamos esta coluna retomando um episódio do início do século XX quando o matemático Samuel Langley, financiado pelo governo dos Estados Unidos e acompanhado dos melhores cérebros daquela época, tinha o objetivo de ser o primeiro homem a pilotar um aeroplano. Algumas centenas de quilômetros de distância dois irmãos da família Wright trabalhavam de forma improvisada sem qualquer financiamento em sua própria oficina.

A história conta que em 17 de dezembro de 1913 um pequeno grupo de pessoas testemunhou os irmãos realizarem seu intento de fazer o homem voar. Pergunta-se, porque uma equipe financiada composta por renomados cientistas não conseguiu o objetivo alcançado por uma equipe de pessoas sem estudo em uma oficina improvisada? A resposta é motivação, inspiração, empreendedorismo, SONHO. Os irmãos Wrigth tiveram a capacidade de inspirar quem os rodeava, e de realmente liderar sua equipe a desenvolver uma tecnologia que mudaria o mundo.

O mesmo questionamento trazemos aos dias de hoje, porque algumas pessoas conseguem e outras não, porque algumas empresas rurais crescem enquanto outras não? A resposta pode ser a mesma, inspiração, empreendedorismo, dedicação e profissionalismo naquilo que se propõe a fazer.

No entanto, tão importante quanto a inspiração é saber responder por que se faz o que se faz. Responder como se faz e o que se faz não é uma tarefa difícil, mas quando somos questionados por que fazemos o que fazemos, ao respondermos podemos descobrir a chave da diferença de um projeto de sucesso de outro de menor sucesso.

O conhecimento a inovação permitem descobrimos novas formas de fazer e aperfeiçoar o que fazemos na nossa rotina do dia a dia, sendo que para isso precisamos praticar a inovação, estarmos abertos a mudanças, pois não podemos esperar resultados diferentes se fazemos exatamente tudo igual ano após ano. A prova disso está em todas as mudanças tecnológicas no processo produtivo, permitindo produtividades recordes que anos atrás não acreditar-se-ia possível, no entanto hoje uma realidade.

É hora do processo de gestão também evoluir nas propriedades rurais de forma a auxiliar não só a produtividade, mas principalmente a RENTABILIDADE, eis que um empreendimento com custos sem controles e lucros não mensuráveis, resulta em estagnação e dificuldades que podem ser previstas e evitadas, através de um processo de mudança comportamental, mas principalmente através da inspiração, inovação, visão de futuro e empreendedorismo na empresa rural.

Moises Prevedello